12 maio 2010

Ampliado prazo para apresentação de propostas ao CBA


Clique no cartaz para ir à página com as instruções. A data lá ainda não foi corrigida, mas o que vale é esse e-mail que recebi.

4 comentários:

  1. Caros colegas,

    Mandei hoje o meu trabalho pra o XVI CNA.
    Que alegria!!!
    Poderia ser só alegria... no entanto, os eventos da nossa área não fogem à realidade discutida aqui em posts anteriores sobre o sucateamento da universidade, sobre a má remuneração de docentes e funcionários e sobre a falta de motivação pra se interesssar pela vida acadêmica ou pela formação continuada.
    A relação dos trabalhos aceitos vai ser divulgada em 24 de junho. No entanto, as inscrições para profissionais custarão R$ 350,00 até 20 de junho e a partir desta data vão para R$ 400,00. Ou seja, os resultados das submissões só sairão na última tabela de preços.
    Agora a pergunta:
    Uma vez que a Associação não disponibilizou tabela de preços diferenciada para alunos da pós-graduação, pode um aluno de mestrado, que se dedica exclusivamente a universidade (não tem e não pode ter outra renda e recebe uma bolsa de R$ 1.200,00) pagar 1/3 da sua bolsa na inscrição em um evento?
    Também mandei trabalho para o IV CNA, que além de também não ter preços diferenciados para pós-graduandos, exige que você se inscreva no evento para poder submeter um trabalho. Resultado: paguei hoje um boleto de R$ 240,00 para poder ter o direito do meu trabalho ser avaliado.
    Esse é o incentivo que as nossa associações profissionais dão a pós-graduação? É assim que a Arquivística pretende crescer enquanto campo científico?
    É por essa e por outras, Prof. André, que ouvimos coisas do tipo "vou me dedicar a carreira acadêmica pra ganhar menos que um técnico de agência?"
    É verdade que a universidade costuma pagar as passagens e as diárias, mas não paga as inscrições. Além de muitas vezes as diárias não cobrirem o valor da hotel, você tem despesas com táxi, alimentação e aquisição de livros lançados no evento.
    Desse modo, assim como os palhaços, atores, bailarinos e outros artistas sem recolhecimento se sacrificam diariamente por "amor à arte", os acadêmicos parecem condenados ao sacrifício "por amor à ciência".
    Depois de ficar até as duas da manhã finalizando trabalho pra submissão, me dar conta dessa situaçõo, me fez sentir-me como uma palhaça em frente ao zoológico, no sol de meio-dia, em pleno dia das crianças.
    A diferença é que o palhaço pode não ter outra opção de vida, mas o arquivista tem (pelo menos, por enquanto).
    Então só sendo por amor a ciência mesmo...mas tem que ser muuuito amor, viu?
    Ah, e pra não esquecer, alguém pegou a tabela de preços do ENANCIB? Preciso saber quanto amor ($) ainda tenho que dar para a Arquivística nos eventos desse ano.

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  2. Flávia, eu concordo em número, gênero e grau com as suas palavras. Inclusive mandei um email para o pessoal do trabalho dos blogs dizendo que achava um absurdo um estudante de pós ser encaixado como "INSTITUCIONAL", apenas para aumentar a arrecadação dos recursos. Como assim? Estudante de pós não é estudante? Ou eles partem do princípio de que todos trabalham? Pior ainda, as pesquisas da pós tem, necessariamente, amarração com o mercado? Essa é a maneira de incentivar a pós-graduação nos eventos científicos? Mas pelo jeito o bolso vai continuar esvaziando. Os preços do ENANCIB estão no link: http://congresso.ibict.br/index.php/enancib/xienancib.
    Abraços

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  3. Flávia, apenas mais uma informação: os trabalhos podem ser submetidos sem o pagamento prévio da inscrição. Eu liguei na organização do evento para pegar a informação.

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  4. Flávia, vc está coberta de razão. Se eu contar como nós professores somos tratados, a situação beira um guadro de Magritte.

    No penúltimo ENANCIB, que foi em São Paulo, a representação do PPGCINF (Sofia e eu) só podía ter um limite individual de diárias que não chegava a R$ 120,00 por dia, mesmo com o programa tendo mais recursos para isso. Somos proibidos de receber diárias mais altas, por lei federal. Durante o Panamericano do Rio, o valor foi dobrado, por MP, mas depois voltou-se à "legalidade" (vamos ver se com o novo ministério das olimPIADAS, as diárias sobem de novo). Ah, como o congresso começava no domingo (como soi acontecer) tínhamos um desconto, já que a adminstração federal, proíbe viagens a serviço no domingo e o valor era bem menor. Por sorte tanto ela como eu temos família em São Paulo, o que permitiu economizar o hotel e por menos dinheiro do próprio bolso para representar oficialmente a universidade.

    Vamos além: a CAPES (amada e idolatrada) cobra que os programas tenham inserção científica, que os alunos divulguem suas pesquisas etc. Como fazer isso nessas condições que você relatou? Os poucos recursos que temos na pós são consumidos pelas bolsas ("milionárias"), que, obrigatoriamente, devem representar 70% de nosso gasto. O resto mal dá para cobrir despesas de trazer membros externos para as bancas.

    A única coisa que é possível indicar quanto ao ENANCIB é que o PPGCINF irá TENTAR ajudar a participação discente. Há o entendimento de que, como os recursos são ínfimos, é melhor direcionar o apoio para o congresso mais abrangente e significativo da área. Se o ENANCIB é tudo isso mesmo eu não sei, mas me parece um critério mais democrático, dentro das perspectivas atuais do PPGCINF.

    Triste né? Elaborar estratégias para melhor socializar a miséria... Parece que o processo de nivelamento por baixo está longe de ter fim, infelizmente. O alento é que há pessoas, como vc e Rodrigo (e muitos outros) que, por amor à camisa, não deixam a peteca cair, mas, até quando? Pelo menos que seja eterno enquanto dure, como alguém mais já disse.

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